sábado, 20 de abril de 2013

Às margens do Capibaribe, CCL navegou em O Rio


Sábado 06 de abril, aconteceu o segundo encontro da terceira temporada do CCL. Dessa vez o encontro foi realizado no Kampalla Café, no Paço Alfândega. Em pauta a poesia de João Cabral de Melo Neto com a leitura do novíssimo O Rio, um compilado de poesias que pautam o Capibaribe, suas histórias, geografia e trajetórias. Em O Rio o grupo pôde se deleitar com as leituras de poemas como Morte e Vida Severina, O cão sem plumas e outros poemas.
Ana Carla, Glenda Carla e Martha Perusi, além do agradável encontro, num local confortável e com menu variado, puderam provar crepes, sopas, chocolates, salgados e cafés. A análise de O Rio contou com a leitura de fragmentos de poesias que tocaram e dialogaram com cada uma das presentes, contando com a discussão das entrelinhas propostas por João Cabral.
Na sequência das postagens, seguem as impressões individuais da leitura.

Próximo encontro: 05/05/2013
Título: O Homem-Deus, de Luc Ferry
Indicação: Martha Perussi

terça-feira, 2 de abril de 2013

Sobre o filme Amour

           



          "Não estou no meu melhor momento pra falar de Amor". Foi a resposta que me veio à mente quando fui questionada pela ausência do meu texto aqui no blog. A contra-argumentação foi esta: "não é pra falar de amor é pra falar do filme". 
        Agora estou aqui pensando como excluir um do outro. Evidentemente milhares de leituras ocorrerão porque o filme é surpreendente em diversos aspectos. Eu que me detive ao romantismo, à cumplicidade e ao amor presentes ali.
         De todos os conceitos que já li sobre o amor, que o amor é isso, o amor é aquilo, nenhum me colocou de frente com a dificuldade, com o dia a dia, com a rejeição. Quando se fala de amor, até no amor universal, falamos no equilíbrio, nas condições ideais de temperatura e pressão. E quando há desequilíbrio? E quando o ser amado nem está mais ali, em espírito? Dirão os puristas: "quando há desequilíbrio, não é amor. Não sei. 
     Após a doença de Anne e suas previsíveis consequências, Georges continuou lá e fez tudo do jeito que ela pediu, acredito eu que pensando no bem estar dela e não no dele. Não sabemos a pretensão de Haneke, mas uma coisa é certa: ele conseguiu surpreender com seu recorte de um cotidiano. 
         A forma trágica como George termina com tudo aquilo, me deixou sem palavras. Saí do cinema tentando fazer o exercício de me colocar na mesma condição pra saber o que eu faria. Até hoje não cheguei à conclusão. Mas concordo que houve amor do início ao fim.  

Fonte da imagem: Pense fora da caixa