quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CAFÉ NO LA COMÉDIE


O Café com Leitura reuniu-se no Bistrot La Comédie,  Derb
O que é ser livre? O que realmente é livre na selva humana? Essas questões foram a tônica do último encontro do Grupo Café com Leitura, realizado no último sábado, dia 25 de setembro, no Bistrot La Comédie, na Aliança Francesa do Derby, Recife. As participantes - Glenda, Ana Carla, Manuela, Leusa, Lila e convidadas - discutiram sobre a obra As Belas Imagens, de Simone de Beauvoir. O papo foi instigante.

De início, Lila, a mediadora e indicadora da obra, falou sobre alguns pontos que a impressionaram na obra da francesa, esposa de Sartre e amante do amor sem fronteiras. Ana Carla fez uma provocação sobre uma frase célebre que consta no livro: "querer-se livre é querer que o outro seja livre". Parece simples, mas essa questão da liberdade é mesmo uma nau ao sabor dos ventos, da direção que cada um dá em relação a ela.

Na verdade, essa provocação tocou fogo no debate, uma tempestade de reflexões emanaram do grupo. Em breve, confira neste site o ponto de vista de todas. Além da discussão, houve uma sugestão de Leusa para que as reuniões fossem realizadas às 17h ao invés das 16h, assim, ficaria um horário mais próximo do happy hour para quem gosta de esticar a noite. Ninguém se opôs, ou seja, então, todas as presentes concordaram. O próximo encontro do grupo será no dia 09.10, e o objeto a ser discutido é uma entrevista de TV sobre as novas formas de sexualidade, sugerida por Leusa. O café que vai receber a ilustre visita do seleto grupo ainda será indicado.

sábado, 25 de setembro de 2010


Para Caio F., escrever é enfiar um dedo na garganta. Neste caso, eu diria que foi enfiar um dedo na lembrança. Exupery escreveu lembrando o quanto foi esquecido. Cristiana escreveu lembrando o quanto foi amada. E do excesso e da falta de amor nasceram as obras!
As cartas de Exupery, apesar de românticas, não me comoveram muito. Talvez por tratar-se dos típicos amores não correspondidos, não me empolguei.
O que faltou de empolgação para ler "O amor do pequeno príncipe" sobrou para ler "Para Francisco". A atípica história de amor vivida por Cris e Gui prendeu minha atenção. Li a obra em um dia e meio. Chorei. Comemorei e sofri com os sentimentos alheios.
Com seu jeito peculiar de narrar sua própria história, Cristiana nos leva a sonhar com um amor assim: leve, divertido, cúmplice. Quantos Guilhermes será que ainda vivem neste plano?!
Apesar de, aparentemente, essa história de amor ter sido interrompida quando Gui desencarnou, para mim, esse amor só cresceu. O amor triplicou com o nascimento de seu filho, Francisco, e com a nova Cristiana que surgiu diante de todo sofrimento e dor.
O amor de Gui transformou sua vida. A vinda de Francisco a salvou. E sua história é a exceção de tudo o que já li sobre o amor. Confirmei que o amor não acaba quando a história chega ao fim.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Amor: nosso.


O amor é algo tão, tão pessoal.

O amor inventado e não correspondido: é nosso.

O amor que partiu para sempre: ainda é nosso.

O amor que virá e não saberemos como será: é nosso.

Não há no mundo quem possa arrancá-lo de nós.

Nem mesmo a morte,
nem mesmo a distância,
nem mesmo a vida.

O amor é estranho...

Quando um relacionamento amoroso começa a gente nunca sabe onde vai chegar, mas sempre queremos que dure. Que seja eterno e que todos aqueles desejos dos casais mais apaixonados se realizem.

O que a gente nunca quer é que termine. E não importa se por um infarto ou por ter sido apenas um caso. A gente nunca espera é que termine.

Da urgência de algumas pessoas em amar à frieza de outras em ignorar, o amor e suas variações. Dois livros de amores reais. Desses de cinema. Sem final feliz. Sem final.

De 'Para Francisco' e de 'O amor do pequeno príncipe' uma certeza ficou ainda mais acentuada em mim.

Relacionamentos terminam, mas o amor ainda pode durar, mudar e não ter fim.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

AMOR QUE NÃO VAI EMBORA

As histórias de Cristiana Guerra e do apaixonado Pequeno Príncipe só nos levam a concluir um óbvio que sempre nos deixa sem chão: o amor não sabe dizer adeus. Ou somos nós que não sabemos deixar o amor partir? Uma coisa é certa: o amor não vai embora. Ele fica tatuado em nossas vidas. Mesmo quando entra no limbo dos amores resolvidos ou mal-resolvidos, vamos levar conosco a história daquele amor vivido ou mal-vivido, dependendo da situação pela qual cada um passou.

Cristiana, em seu livro “Para Francisco”, fala de um amor ao mesmo tempo vivido e não vivido. Conheceu Guilherme, um colega de trabalho, pelo qual se apaixonou e foi correspondida. Guilherme trazia consigo marcas de um amor mal-resolvido. Tinha medo de se entregar, de se apaixonar de novo. Mas o amor não tem medo. Ele nos leva tanto a precipícios como a lugares tranquilos porque, definitivamente, não mandamos no coração.

Cristiana, por seu lado, viu em Guilherme o “beijo bom de bom dia”. Quem não gostaria de receber email todos os dias com mensagens assim? Guilherme fazia isso. E fazia traído por um amor enorme que sentia por Cristiana, um amor que o ligara a ela sem que ele nem percebesse. Não chegaram a se casar. Guilherme relutava e preferia ser casado em casas separadas.

Mas o amor, como eu dizia, nos prega peças. Foi ficando grande demais e precisava, ao invés de duas casas, de um lugar só, uma casa só, um pequeno lugar aconchegante com a grandeza de um lar. E foi o que fizeram. Compraram apartamento. Mas a morte, inimiga dos que amam, chegou antes. Levou Guilherme subitamente antes de ele e Cristiana viverem uma outra fase da vida a dois: o cotidiano.

Guilherme foi, mas deixou Francisco. Semente do amor, promessa de vida nova e certeza de que a vida continua. Cristiana precisava de tudo isso e, graças a tudo isso, ela se manteve viva, ela se levantou todos os dias para receber o “beijo bom de bom dia” de Guilherme, desta vez em outro plano. Tem uma vida intensa. Tem Francisco e, de certa forma, Guilherme. O amor que não foi embora.

No caso do nosso apaixonado Pequeno Príncipe, o amor dele por uma mulher casada foi embora e ficou ao mesmo tempo. Foi embora como um sonho, que nasceu naquele vagão de trem, em maio de 1943, no trecho entre Oran e Argel. E ficou justamente naquele vagão, junto com um príncipe apaixonado e infeliz.

Mas, convenhamos, ela, a mulher especial, não poderia nunca ter correspondido aos sentimentos do jovem apaixonado. Era casada. Tinha um marido, mesmo que não fosse seu amor verdadeiro. Ou era um amor de verdade e ela ainda não sabia? Ou era um amor menor? Aquele amor que se ama com menos força, mas se gosta desse amor. Afinal, o ser humano também se acomoda.

O fato é que o Pequeno Príncipe perdeu a ingenuidade ao conhecer o sofrimento do amor não-correspondido. Tornou-se crítico da situação: “Vale a pena todo esse sofrimento por quem nem mesmo pensa em avisar?” E, em seguida, ele chega à fatídica conclusão: “Certamente não”. Após enxergar que tudo não passou de uma aventura, o Pequeno Príncipe sangra. O ferimento no dedo ao tocar no espinho da rosa que colhera num momento de ventura é uma espécie de metáfora da decepção de um coração que sofre ao perder o seu amor. Restaram apenas o amor dentro dele e aquelas cartas jamais respondidas.

A mágoa maior não foi nem o amor impossível, mas o amor ignorado. Um amor que não teve nem a dignidade de ser informado que acabou, ou que ia começar. Nada. A falta de resposta completa e a completa indiferença. “Fiquei magoado por ter-me deixado esperando, não por não ter vindo”, reclamava o nobre, com o coração em frangalhos por um amor que se foi, mas que não foi embora.

domingo, 19 de setembro de 2010

AMORES (IN)COMPLETOS

Desafio danado: o que sai de Saint-Exupéry com Cristiana Guerra? Certamente produto prazeroso e difícil de unir, entretanto belo.

Reflexões de amor. Além de traços de vivências de amores não possíveis, trazem também percepções inúmeras de outras ordens.

Cristina Guerra tenta traduzir nas 190 graciosas páginas de “Para Francisco” a realidade prática e emocional de quem perdeu o “par perfeito” nas vésperas do broto do amor se fazer vida. Exupéry se desnuda um pouco e denuncia as similaridades do Príncipe (o pequeno), com o homem (o criador). De Saint-Exupéry, são “roubados” escritos dos segredos do amor vivido em seu último ano de vida através das cartas à jovem casada de 23 anos.

Exupéry escreve a ela (a amada). E Cristina escreve a ele ( o broto do amor).

Se para Exupéry, “contos de fadas são a única verdade da vida”. Guerra reitera em outras palavras, traduzindo com beleza as graciosidades do seu conto com Guilherme: “seu bom dia era sempre um abraço apertado....ele acordava cedo, olhava para o céu e comemorava... nos raros dias em que tinha preguiça de acordar, esperneava na cama feito criança... Com seu pai eu tinha aquela sensação quase de alívio de quando a gente encontra o amor de verdade... Sua presença trazia delicadeza pra vida da gente... Seu pai vivia me dizendo coisas com músicas. Um jeito charmoso de dizer tudo sem se comprometer...”

Sobre o valor d “os sorrisos, as palavras sem importância que são tão importantes” de Exupéry Guerra os vivencia e traduz “com ele eu me sentia segura para ser eu mesma. Eu me sentia à vontade para não saber. Amávamos nossas imperfeições. Ríamos delas. E assim as acolhíamos. Por serem nossas... o nosso sim era a cada dia... no amor fresco e leve... que “é preciso regar todo dia. Cuidar como planta frágil” pois o amor “é feito de faltas e presenças, nenhuma das duas pode faltar... é feito de liberdade. É como ter, todos os dias, muitas outras opções. E, ainda assim, fazer a mesma livre escolha... descobrir no olhar do outro que você que você foi escolhido de novo... O amor é feito de falta, mas não sobrevive sem a presença. O amor é feito de hoje... O amor interrompido no seu auge permanece bonito para sempre...”

Há desengano em Exupéry na fala do “mergulho num tempo vazio onde não tenho mais motivo pra sonhar” e de Guerra abrindo-se: “Eu temia estar vazia, incapaz de amar você (o filho)... troquei a dor da angústia pelo silêncio da saudade... medo de ver fugirem as palavras que me vinham naquele turbilhão...Queria mesmo era motivo pra não escrever.Para dar conta da morte, a gente arranca uma espécie de esquecimento, não da pessoa, mas da sensação que tinha ao lado da pessoa... “seu coração batendo dentro de mim é que me manteve viva”. A falta dele ocupa um espaço muito grande na minha vida.

E as definições dela, não podem deixar de ser postas:
• Afinidade... é o que deixa a sensação de estar levando a outra pessoa com a gente, aconteça o que acontecer...a capacidade de fazer o outro rir é outra deliciosa afinidade. Rir é o que faz a gente voltar a ser criança... quando uma pessoa tem humor ela sabe rir principalmente de si mesma - até nas situações mais difíceis.
• Surpresa é o que acontece pra nos mostrar que a vida não pode ser controlada.
• Falta é a luz de um flash nos cegando por um tempo.
• Lembrar é sentir de novo.
• Solidão: é quando você descobre que a única pessoa que conhece a sua alma já não está mais aqui.
• Passado é um lugar bonito para visitar de vez em quando. Não para morar.

Não pude deixar de aspear tanto. Não soube como...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Um café Para Francisco com O Amor do Pequeno Príncipe


O grupo Café Com Leitura reuniu-se no último sábado - dia 11/09 - na Dalena Tortas Finas que fica localizada no bairro dos Aflitos para dialogar sobre os livros indicados por Anna: Para Francisco, da publicitária Cristiana Guerra e O Amor do Pequeno Príncipe, do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry. Participaram desse encontro Anna, Manu Lins, Lila B., Bá e Glenda.
As obras relacionam-se por um nobre sentimento, o amor. Sendo assim, o amor enobrece os demais sentimentos e torna-nos seres melhores.
Em breve, o sentimento do grupo!

Próximo encontro:
Tema: Literatura
Livro: As Belas Imagens - Simone de Beauvoir
Indicado por: Lila B.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

CAFÉ NO PAÇO

GRUPO definiu diretrizes sobre o funcionamento do blog
No último sábado, dia 04.09, o Grupo Café com Leitura reuniu-se para definir algumas diretrizes referentes ao gerenciamento do blog. Foram discutidas e definidas regras de inclusão de novos membros como convidados e sobre a regularidade das postagens. Participaram Ana, Glenda, Leusa e Lila.

Além disso, ficou acordado sobre a contratação de uma design, já contactada por Lila, para a definição da identidade visual da página, que, com esse novo tratamento gráfico, será transformada em um site. A próxima reunião será no sábado, dia 11.09, às 16h, no café já conhecido de todas. 

Percorrer a estrada que se compartilha


“ A verdadeira moral zomba da moral.”
Blaise Pascal


Numa típica cidade americana, ocorre - sem explicação ou detalhes - uma catástrofe natural que parece ter assolado toda a humanidade. Com escassez de água, comida e outros recursos, os seres humanos são levados ao limite.
A Estrada narra o desastre geral e o drama pessoal causados pelo caos decorrente desta tragédia. Os poucos personagens são agentes e vítimas de uma mudança social que os leva – e a nós também – a questionar valores e crenças estabelecidos em tempos de ordem e que agora parece terem sido esvaziados de sentido.
A luta do pai para manter seu filho alimentado, aquecido e seguro mesmo diante de tanto horror e miséria, contrasta com a aparente apatia e covardia da mãe, que prefere se deixar morrer a se sujeitar ao que chama de subexistência ou de ficar à mercê da atrocidade cometida por alguns grupos.
Pode-se, a partir dessas diferentes posturas, refletir, de modo mais abrangente, acerca da moral. Poderíamos começar diferenciando a moral estabelecida da moral pessoal, sendo a primeira o conjunto de regras determinadas para a harmonia do grupo, enquanto a segunda pode ser entendida como a reflexão crítica e singular que o indivíduo faz da realidade a partir de sua experiência pessoal.
A ideia de seres humanos estocando e se alimentando de outros serem humanos é aterrorizante, porém se tornou um ato razoável (e talvez racional por visar a sobrevivência) para um determinado grupo. Contudo, esta escolha se mostrou questionável e condenável para tantos outros, que preferiram continuar acreditando e optando pela solidariedade e manutenção da civilidade conhecida até então.
Numa situação extrema, quem estaria certo?
A Estrada pode nos proporcionar tantas reflexões em tantas instâncias (social, psicológica, espiritual...) que foi inevitável ver cenas de pilhamento humano, desbarate da propriedade privada e etc e não correlacioná-las com as distorções geradas pelo capitalismo e outros sistemas em desequilíbrio.
Mas estas são questões mais pesadas e sérias e não pretendo abordá-las, por isso retomo a ideia da moral pessoal.

O garoto, nascido em meio à tragédia, tem seu caráter forjado através dos ensinamentos do pai de que o mundo é dividido entre homens bons e homens maus, e é estimulado a manter a "chama da bondade" acesa.
O ambiente de amor, cuidados e sacrifícios por parte desse pai, formam no pequeno sua própria moral, que não usa a miséria como desculpa para não nutrir pelo próximo sentimentos de compaixão e doação. Mesmo diante do "apagar da chama" de seu pai, rejeita a lógica do indiviadualismo e selvageria em nome da sobrevivência.
Em nossa reunião, discutimos se era possível que alguém que não conheceu a ordem pudesse expressar sentimentos puros e nobres como os que o garoto tinha... talvez esta seja uma reflexão, como citei, de instância espiritual.
Creio que cada um escolhe a estrada que quer seguir!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O que você faria?

Foto: Manuela Lins
Eu me perguntei diversas vezes durante o filme. "O que eu faria?" A dúvida de desistir ou não foi a que me deixou mais abalada. Consigo me colocar no lugar daquela mãe que escolhe não continuar tendo uma sub vida e diz que se dependesse dela levaria o filho também. Não, não sei se eu conseguiria desistir sem saber que não fiz o máximo. Eu acredito que iria sim até o extremo, como fez o pai.

Certo, não me mataria. Mas, e agora? O que faria? Criaria uma ilusão para meu filho, para que ele não percebesse (ou pelo menos amenizasse) o que havia sobrado do mundo? Ou seria dura e realista, como foi o pai do menino? Não sei. Lembro-me do filme "A vida é bela" onde também há uma criança vivendo em uma situação extrema, esta vive na ilusão. Não sei se teria força e imaginação o suficiente para entreter meu filho em meio a tanta fome e destruição.

Porém, para mim o mais importante de tudo isso é que o diretor conseguiu me deixar num beco sem saída! Não consegui julgar nenhum ato do pai, todos são compreensíveis, mesmo existindo outra possibilidade, fiquei de mão atadas, sem conseguir dizer o certo ou errado.

Depois de tudo, isso fica martelando em minha cabeça: há várias possibilidades. Sempre há, e várias podem dar certo.
Aprendi a ser mais compreensiva.

Viver ou Sobreviver?

Imagem: Divulgação
Em 'A estrada' somos inseridos em um mundo pós-apocalíptico, devastado, cheio de desgraça e vazio de humanidade. E nesse cenário cinza, frio e cruel passamos a acompanhar a jornada de um pai e o seu filho lutando pela sobrevivência, que não é apenas uma questão de encontrar comida e algo para se aquecer. Na viagem em direção ao sul, eles enfrentam os perigos de um tempo onde 'homens maus' são capazes de estocar seres humanos para comê-los mais tarde.

O filme retrata o que homens 'bons' são capazes de fazer quando estão no limite. No limite do sofrimento, do medo, da fome, da luta... E que mesmo em momentos extremos há a opção de deixar ou não o 'fogo' apagar.

É de se ficar pensando como reagiríamos em situações tão adversas como as encontradas no filme. Eu não sei. Não sei se conseguiria viver como selvagens, atirando antes e perguntando depois, fugindo, me escondendo... Mas e isso é vida? Não encontro sentido e acredito que faria parte dos que não se contentariam em 'apenas' sobreviver.

Contudo, não sei se meu pensamento seria diferente se eu tivesse um filho, talvez minha perspectiva mudasse e minha 'vida' voltasse a ter um sentido. De qualquer forma, ainda precisaria de muita fé para sobreviver em tempos sem esperança alguma.