quinta-feira, 4 de novembro de 2010

VIVA, MANUEL BANDEIRA!

A morte é de cada um o norte
Companheira de todas as horas
Porque é impossível prever
Quando de nós se assenhora


Mas será esta tão ruim assim?
Imagine, então, se ela deixasse de existir?
Como seria a nossa vida sem a morte?
Essa verdadeira e fiel consorte


Seria o fim da vida
Seria o fim da morte
Seria a nossa má sorte
Como bem imaginou Saramago


Saudemos a vida
Saudemos a morte
Saudemos a morte dentro da vida
Saudemos a vida e a morte


Embora cause estranhamento
Temos que admitir a necessidade do morrer
Afinal, somos seres pensantes
E não meros cadáveres ambulantes

Mas vamos deixar pra pensar sobre isso depois, né?