sábado, 25 de maio de 2013

Deus, o homem, a religião, o amor


Uma leitura inevitavelmente provocativa . Tratar do tema religião sempre me parece uma ousadia, de forma que passo a admirar previamente o autor, independentemente do conteúdo de suas linhas.

No princípio da leitura, não nego certa  má-vontade, quando da passagem do autor pela avaliação da influência de Marx e das ideias materialistas sobre a humanidade. Me pareceu que o autor tentava simplificar e minimizar a importância  das ideias marxistas sobre a humanidade. Mas superei esse desconforto inicial e segui adiante na leitura, pra conseguir ao final avaliar como muito positiva a ousadia do autor.

O passeio histórico que faz, ajuda o leitor a se situar e seguir junto a construção histórica do sentido de muita coisa da perspectiva da questão da religiosidade e das construções das próprias religiões e seu sentido na vida do homem.

A instigante provocação que faz sobre a construção histórica da humanidade e o caminho que a religião percorreu, tendo Deus se humanizado na vida do homem e o homem se divinizado com as mudanças de paradigmas e novos papéis sociais assumidos, foi um arrebatamento ousado e pragmático, que o autor constrói com certo pragmatismo.

Apesar de ser uma leitura um tanto quanto densa, pros leitores menos acostumados ás reflexões filosóficas (eu me enquadro nesse grupo), o autor consegue se fazer entender e oferta um produto interessante e provocativa pros que tem interesse sobre o tema.