quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Um divertido papo cabeça no Dalena
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
A história de Ulisses
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
De quem era esse rosto?
Para o próximo encontro: o livro Mentes Perigosas, de Ana Beatriz Barbosa; e o filme Precisamos conversar sobre Kevin, do diretor Lynne Ramsay.
A indicação foi feita por Albérico Figueiroa.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Veias abertas, corações dilacerados
Foi nessa onda de submissão e exploração que crescemos e nos tornamos uma nação que eu classificaria como "pobre menina rica". Aqui a miséria e o luxo são vizinhas de bairro. E a nossa riqueza, que ainda vive concentrada, entope as veias e as mentes do povo, abrindo espaço para o desenvolvimento de outros países as custas de sangue e suor.
terça-feira, 24 de julho de 2012
Riquesa e pobresa: faces de um mesmo enredo latino
O Brasil e a América Latina teriam "tido o azar" de serem ricos por natureza. A teórica "falta de sorte" do solo norte-americano, se converteu em aliado que permitiu que seus colonos, diante da improdutividade das terras recém-descobertas, um pouco mais a frente, dessem "carta branca" para que a "pobre terra estadunidense" pudesse tentar avançar a construção de sua nação através da industrialização.
O mesmo destino não teriam as terras latinas, que ricas em metais e com solo fértil só precisariam de mão de obra barata para ser explorada até o último ceitil. Desde a prata de Potosi até o ouro de Minas Gerais, as terras latina americanas financiaram o crescimento de diversos países europeus, em especial Holanda, França e Inglaterra.
Espanha e Portugal, teriam sido meras pontes do desenvolvimento dessas nações. Exlorando as terras recém-descobertas, para quase apenas, pagarem dívidas com tais países. Não chegando nunca a usufruir de fato, do produto do estrago/expoliação histórica que causaram aos países nascituros americanos.
Somente com ele, Galeano, visualizo essa possibilidade ousada de escrita. Trazer a história pro papel, de maneira leve e com sua linguagem característica. Com a propriedade e a ousadia de quem é um profundo conhecedor das mazelas da zona latina do novo continente.
Galeano além de um incansável estudioso, é um profundo apaixonado pela sua terra e um entuasta da idéia da Grande Pátria Latino Americana. Trás com entusiasmo histórias dos grandes nomes que sonharam na libertação real do nosso continente, dos grandes nomes Tupac Amaru, Juan Velasco Alvarado, José Morelos, José Artigas, Augusto Cesar Sandino, Emiliano Zapata, Simon Bolivar entre outros. Faz avaliação de conjuntura e arrisca prognósticos ousados pro futuro.
Apesar de muitas informações de As veias abertas da América Latina, já estarem superadas, o livro é rico demais. Um puxão de orelhas, um pisca alerta pra reflexão acerca da realidade. Um convite à saída do marasmo aceitacional no qual aparentemente estamos mergulhados.
Discutir a realidade atual, olhando pro umbigo e meramente pra conjuntura atual, é cair no perigoso caminho do convencimento fácil que o discurso liberal trás pra quem quiser caminho fácil.
Galeano propõe avaliar o verdadeiro "buraco" dos fatos, donde tudo nasceu. Propõe que diante do que temos vivenciado, como produto do atual sistema de produção e de relações sociais e internacionais, que consigamos, ainda em tempo, ter clareza de que nós vivenciamos em nosso dia a dia, apenas um mero desdobramento da expoliação sofrida no passado enquanto nação. Expoliação essa que serve hoje para que sociedades ricas possam usufruir através do "estado de bem estar social".
Galeano acredita na construção da Grande Pátria e na verdadeira libertação da América Latina.
As veias abertas da América Latina é um livro pra ser lido e pensado por todos os povos latino-americanos.
domingo, 1 de julho de 2012
Dissecando as veias com Galeano, no Café Jaqueira
Próximo encontro: 28/07/2012
Horário: 16 horas
Título: Era meu esse rosto de Márcia Tíburi
quarta-feira, 27 de junho de 2012
A arte da manutenção de si mesmo
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Filosofia e arte numa narrativa profunda
Eu depois de ler "Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas" realmente não duvido. Um livro realmente muito bom, que trata de questões sobre a forma como vivemos, sobre como conseguir equilíbrio na dinâmica complexa de nossa existência no mundo atual. O livro tem o detalhe da ousadia do autor, que me lembrando "O mundo de Sofia", fez um livro de filosofia utilizando-se da técnica da narrativa, muitíssimo bem construída e amarradinha.
A história trata da narrativa de Robert, que de férias com seu filho Chris, parte em uma viagem de motocicleta na companhia dos amigos Sylvia e Jonh. Na viagem, nós, os leitores, seguimos na garupa dos pensamentos do narrador pelas estradas, passeando por temáticas do cotidiano, arte, humanismo, religião, filosofia, educação, manutenção de motocicletas bailando sutilmente ainda com as idéias filosóficas de Kant, Hegel e Poincaré, entre outros.
Em uma confortável posição, nós os leitores passeamos com Robert pela sua mente, enquanto ele refaz a trajetória de sua vida e de seu relacionamento com a figura de Fedro. Na verdade acho mais adequado tratar de "a personalidade Fedro". O autor nas suas divagações organizadas a partir do que ele chama chautauquas (séries de palestras que visavam edificar, divertir, aprimorar o raciocínio e fornecer cultura e informação ao espectador”) pauta e organiza o desenrolar do livro, que tem um final que me fez arrepiar.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Zen na Dona Brigadeiro
Próximo encontro: 30/06/12
Leitura: As veias abertas da América Latina de Eduardo Galeano
Indicação: Ana Carla
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Personagem padrão!
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Quando não consigo ser contaminada
A cada passagem de página, a cada chegada a um novo capítulo ressurgia em mim uma nova esperança de que as coisas avançassem rumo a minha expectativa. Fato que, chegado à última página, não conteceu.
A impressão que me deu foi a de falta de um mínimo de humildade do autor. A história flui, mas a impressão é a de que o autor tem uma preocupação contínua e maior que a obra. É uma preocupação que subjaz nas entrelinhas.
Tentei ter o cuidado de fazer com que a minha antipatia pelo protagonista, desde o início da leitura, não fosse transferida ao conjunto da obra, mas o fato objetivo, é que isso foi se tornando complicado, à medida que eu avançava na leitura.
Marcelo não deixava de aparecer. Acho que o escritor acaba se denunciando. Na verdade não sei se tem como se desnudar de si completamente, mesmo em obras teoricamente ficcionais.
Em suma, não consegui ser contaminada pelo livro que, a propósito, não indicaria. Mas tô com disposição para ler, mais pra frente, outros títulos do autor. Quem sabe não sai a má impressão.
terça-feira, 15 de maio de 2012
por trás de um bom título...
Já se percebe no livro certa imaturidade na escrita de Marcelo e os lampejos de sua autoindulgência travestida de suposta ironia, mas que desvelam o machismo e a acidez do moço. O que soa ao leitor como "honestidade" do relato parece vir da condição de solidariedade ao flagelo sofrido por um jovem em fase universitária, ainda eivado dos idealismos dessa fase da vida, e de certa aura da própria cultura pop que figura como pano de fundo ao texto.
A segunda leitura foi de Bala na Agulha, que me pareceu inócua: mote forçado e cheio de clichês do brasileiro que vai viver nos Estados Unidos e torna-se traficante. E, enfim, chegamos ao romance A Segunda Vez que te Conheci. Desses dois últimos, a leitura me soou cheia de clichês, sem densidade alguma e, também, sem a leveza (uma possível contrapartida) que também representaria bom motivo para a literatura. Parece que, para MRB, a marginalidade é o clichê indispensável para seus personagens, que precisam ser traficantes, cafetões, assassinos ou putas... Mas parecem apenas, psicologicamente e do ponto de vista da trama, profundos como um píres.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
A segunda vez...
do Marcelo Rubens Paiva
domingo, 6 de maio de 2012
Café, almoço e leitura no Pátio
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Ser livre é transgredir!
“Sempre fomos livres nas profundezas de nosso coração, totalmente livres, homens e mulheres. Fomos escravos no mundo externo, mas homens e mulheres livres em nossa alma e espírito.” (Maharal de Praga)
“...a vida saberá nos julgar não apenas pelas perversidades que acreditamos poder evitar, mas também pelas tolices que nos permitimos.”
Reflitamos!
P.S.: Em breve postarei uma imagem.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
O olhar da alma...
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Um convite à auto-sinceridade
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Quando a margem é via mestra...
É assim, desconstruindo verdades que parecem cristalizadas a um olhar pouco arguto e anestesiado, que o rabino Bonder traça seu percurso de descontruir verdades estabelecidas e desautomatizar as percepções, incitando-nos a um exame de desnudar entranhas além da derme e, fatalmente, somos conduzidos à escolha pela via marginal.
E por esta via reconhecemos as opções de outros mestres, por isso foram invocados Lao Tsé e Guimarães Rosa: reconhecida a filiação à linhagem dos permanentes transgressores que assim o fazem para permanecerem honestos consigo mesmos...
assim seja. maktub. oxalá. evoé. oito deitado.
domingo, 1 de abril de 2012
"A alma imoral" no Amoretto
O livro 'A alma imoral' do Nilton Bonder foi o alvo da discussão, mas Guimarães Rosa e Lao Tsé também entraram na roda. E entre provocações e identificações as horas passaram rapidamente por nós.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Falta não significa ausência
Você pode colocar sua mãe num asilo. Você pode não chorar no enterro dela. Você pode não ser apegado ao trabalho, as pessoas, ao dinheiro. Você pode ser estranho!Cada um tem um tempo, uma vontade e uma forma de expressar, caso queira ou não. E quando a falta de vontade é tão natural dá gosto.
terça-feira, 6 de março de 2012
O estrangeiro e a frieza de sentimentos
domingo, 4 de março de 2012
Estrangeiro... para quem?
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Longe de lá
Na Argélia o protagonista Mersault recebe um telegrama, com o comunicando do falecimento de sua mãe, que então morava em um asilo. Ele comparece ao funeral, entretanto sem expressar nenhuma emoção digna de nota, não chega a se comover pelo falecimento de sua genitora.
Na seqüência do romance o que se passa é uma narração de sua vida: sua amizade com um dos seus vizinhos, Raymond Sintès; seu namoro com Marie, uma antiga colega de trabalho; seu cotidiano no trabalho; suas atividades de lazer... sempre com uma aparente marasmática tonalidade deja vu, na narrativa que é feita sempre feita em primeira pessoa.
Um dia, após uma confusão em que seu vizinho Raymond sai ferido, em um uma fração de minuto rapidamente confundido pela luz e calor do sol forte, Meursault se equivoca na leitura de um possível risco que corre, e mata um árabe, que havia ferido o amigo anteriormente.
O restante da trama trata da prisão e julgamento de Meursault, que entre suas peculiares lembranças de sua vida pregressa e sua adaptação à nova realidade na prisão, nos leva a uma viagem acerca de sua aparente apatia perante à vida.
O julgamento é marcado pelo equívoco. O protagonista praticamente não é julgado pelo crime. A tese da acusação é sustentada insistentemente pela ausência de emoção de Mersault quando da morte da mãe. É a defesa de um modo padrão de ações/emoções esperadas. O objeto do julgamento perde o motivo de ser. Mersault é enfim condenado.
Um incômodo paulatinamente me acometeu durante a leitura ao lidar com a indiferença contínua do protagonista. Que aparentemente em nada se afeta diante dos fatos da vida. Em poucas passagens do livro, algo próximo de emoção é posta. No mais a narrativa é fria. O que aquece o leitor (meu caso), exatamente é a inquietação própria da abstinência viciosa de quem em muito ainda está contaminada pela dinâmica hollywoodiana e fica na espera de uma reviravoltas em um romance que já estava posto, de uma emoção que já existia desde sempre.
Era como se para Meursault, se sujeitar a qualquer regra social fosse um sacrifício que não valesse a pena. Era como se o seu viver tivesse um valor diferente. Em alguns momentos era como se ele fosse um estrangeiro, vendo a si próprio, de fora, diante do desenrolar de sua própria vida, longe de lá...
O livro é a mais famosa obra do autor. Instigante... deu vontade de ler os demais!
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Como para si mesmo, estrangeiro...
domingo, 26 de fevereiro de 2012
O retorno do Café com Leitura no Porteño!
Café Porteño - 25/02. |
Nos próximos dias, entre um cafezinho e outro, apresentaremos nossas impressões, e as dos demais membros, sobre a obra.
Próximo encontro: Sábado, 31/03, às 16h.
Livro: A alma imoral, Nilton Bonder.