Esse filme permitiu-me fazer uma comparação com o drama, de Fernando Meirelles, Ensaio sobre a cegueira. Ambos são baseados em obras homônimas. A estrada baseada no romance de McCarthy e o Ensaio, na obra de Saramago.
Assim como no Ensaio, o longa A estrada não têm intenção de nos fazer refletir sobre causas nem sobre como remediar o que está posto. Tratam, prioritariamente, de uma questão: como o ser humano (re)age após uma catástrofe? No Ensaio sobre a cegueira, vi como personagem principal a epidemia, no filme A estrada vi, a catástrofe.
Não tenho intenção fazer crítica de cinema. A comparação serviu para situar-me acerca da abordagem do filme. Apesar das histórias serem diferentes, convergem em um ponto: o instinto de sobrevivência.
Durante os 112 min, do drama de Hillcoat, encontrei diversas respostas para questões como: “o quê/quem nos mantêm vivos?”; “o que nos faz querer seguir em frente, mesmo sem saber ao certo onde iremos chegar ou o que iremos encontrar?”; “o que é ser justo?”; “por que/quem insistimos em sobreviver?”; “o que é ser bom ou ruim?”. Se em condições ‘normais’ nos embriagamos na relatividade dada a essas questões, em condições adversas, ou por que não dizer, sem condições, nossas certezas dissolvem-se na poeira espacial.
O filme reforçou minha convicção da potencialidade que temos para sermos o que quisermos ou o que necessitemos ser. Não há bons ou ruins, o que existe são seres que lidam de diferentes maneiras nas situações. Nem a pureza contida no garoto, tirou de mim essa ideia. Para mim, sua inexperiência o salvou de sua própria “maldade.”
5 comentários:
Passando rapidinho somente pra avisar que indiquei o Café com Leitura para blog day. ;)
Voltarei com mais calma.
Beijos
Realmente Glenda, vc tem razão quando aborda essa questão de o porquê insistimos em viver da melhor forma quando não temos a certeza do que nos espera. Eu, particularmente, prefiro crer que o ser humano tem, sim essa certeza, mas que está subliminar, inconsciente como se fosse um instinto animal.
"...em condições adversas...nossas certezas dissolvem-se na poeira espacial" essa conclusão é punk Csri, mas o pior é que o filme faz pensar nisso.
Mas o que eu achei bacana foi o autor ter sido generoso com a raça humana e ter dado a oportunidade de dar ao expectador o personagem do menino, que parece que humanizou o enredo. É como se ele de certa forma, garatisse ao pai o lembrete cotidiano da humanidade.
Pra mim ele era um catalisador, que ajudava o pai a filtrar as adversidades, e ver alguma cor, no sentido da expectativa, da coragem de continuar, mas com o mínimo de humanidade.
"Para mim, sua inexperiência o salvou de sua própria “maldade.”" Genial!
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